A utilização das abordagens computacionais na saúde tem crescido ao longo das últimas décadas, com avanços tecnológicos resultando em poderosos algoritmos de inteligência artificial (IA). A IA médica engloba programas que podem auxiliar em diagnósticos, tratamentos e prognósticos clínicos. A combinação de conhecimento médico e algoritmos especializados está transformando a prática de saúde, trazendo benefícios mútuos tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde.
A IA tem impactado a saúde de maneira direta ao auxiliar médicos em consultas, pacientes na gestão de seus próprios dados para promoção da saúde e sistemas de saúde ao otimizar fluxos de trabalho e minimizar falhas. Um benefício inegável é a precisão diagnóstica, onde algoritmos de deep learning analisam dados médicos como imagens ou resultados de exames, histórico clínico e sintomas atuais ou pregressos, agilizando diagnósticos, como a detecção precoce de câncer em exames de imagem.
Além disso, a IA tem contribuído para o desenvolvimento de tratamentos personalizados e com maior poder de eficácia, analisando dados genômicos para identificar terapias ideais e reduzir efeitos colaterais. Prever epidemias também é uma aplicação, usando dados epidemiológicos, climáticos e demográficos para antecipar surtos, possibilitando medidas preventivas. No campo da pesquisa a IA acelera a descoberta de medicamentos ao analisar grandes bases de dados, agilizando testes clínicos e simulando situações próximas à realidade. Ferramentas de busca baseadas em inteligência artificial como a "Consensus" e o assistente de pesquisa "SciSpace" facilitam a vida de pesquisadores na área da saúde, selecionando publicações de maior relevância e complementando dados.
Apesar dos avanços, a implementação da IA na saúde demanda rigor no desenvolvimento e testes reprodutíveis dos algoritmos para garantir eficácia e confiabilidade, especialmente no que diz respeito à privacidade dos dados dos pacientes.
Também é imperativo reconhecer a importância de uma regulamentação sólida e abrangente para garantir a segurança dos pacientes e da população-alvo. A rápida evolução da inteligência artificial na saúde exige uma supervisão cuidadosa para garantir a precisão dos diagnósticos, a privacidade dos dados e a tomada de decisões médicas informadas. Dessa forma, é crucial que uma regulamentação adequada seja proposta e validada para que haja a maximização dos benefícios enquanto se minimizam os riscos associados ao uso destas tecnologias na prática de saúde.