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Fraturas do Colo Femoral
As fraturas do colo femoral representam grande parte das fraturas em idosos, tipicamente ocorrendo em mulheres acima dos 70 anos. São fraturas que usualmente ocorrem no osso de má qualidade estrutural, sendo associadas à osteoporose e, geralmente, secundárias à queda da própria altura (trauma de baixa energia cinética). Quando nos jovens, as fraturas costumam ser decorrentes de trauma de alta energia, como nos acidentes automobilísticos, sendo frequente a associação destas com outras lesões ortopédicas.
Manifestam-se clinicamente por impotência funcional do membro e deformidade característica: perna encurtada e com rotação lateral. Eventualmente pode haver também inchaço (edema) e arroxeamento (equimose) próximo ao local da fratura ou na região das nádegas.
O tratamento desta doença é eminentemente cirúrgico, variando desde procedimentos mais simples, como a Osteossíntese, até procedimentos de maior complexidade técnica, como a Artroplastia Total do Quadril. Isso se dá com o objetivo de garantir mobilidade precoce ao paciente lesionado, tendo em vista que as principais e mais letais complicações decorrem do imobilismo prolongado (tromboembolismo pulmonar, trombose venosa profunda, infecção pulmonar ou do trato urinário, escaras de decúbito, entre outras).
Em virtude das condições e comorbidades clínicas associadas ao doente idoso e das complicações inerentes ao imobilismo prolongado, as fraturas do colo femoral estão relacionadas à uma grande morbi-mortalidade (cerca de 30% de mortalidade dentro de 1 ano), sendo frequentemente uma condição de difícil manejo para o cirurgião ortopédico.